Uma tempestade considerada cinco vezes mais intensa que o normal para o mês de maio atingiu a Argentina nos últimos dias e deixou um rastro de destruição e emergência humanitária. As fortes chuvas afetaram especialmente o norte da província de Buenos Aires e sua região metropolitana, onde vivem cerca de 15 milhões de pessoas.

Até o momento, 2.938 pessoas foram evacuadas em pelo menos 21 municípios, segundo dados das autoridades locais. Há ainda três desaparecidos.

Em vídeos e imagens que circulam nas redes e nos noticiários, o cenário é de caos: pessoas e animais sendo resgatados em botes, carros completamente submersos, casas tomadas pela água. A situação remete imediatamente às enchentes que devastaram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul em 2024.

Diante da gravidade do evento, o governo nacional e o provincial lançaram operações de emergência. Brigadistas, técnicos, veículos de resgate e toneladas de itens de assistência – como colchões, roupas secas, alimentos e água potável – foram enviados às áreas mais afetadas.

🚨 Um Sinal da Crise Climática

Especialistas apontam que eventos como este são um reflexo direto das mudanças climáticas. A frequência e a intensidade das chuvas vêm aumentando ano após ano, e os impactos atingem com mais força justamente as populações urbanas mais vulneráveis.

Cientistas alertam: eventos extremos vão se tornar cada vez mais comuns e imprevisíveis. E isso exige mais do que respostas emergenciais. É preciso investir com urgência em adaptação climática, infraestrutura resiliente, sistemas de alerta e planejamento urbano sustentável.

A Argentina está enfrentando agora o que pode ser apenas um ensaio do que o futuro reserva a muitas cidades da América Latina — se nada for feito.

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