Na noite de 31 de agosto de 2025, às 23h47 no horário local, um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o leste do Afeganistão, devastando principalmente a província de Kunar, próxima à fronteira com o Paquistão. O epicentro foi raso, o que potencializou a força do tremor e ampliou a destruição.
Vilarejos arrasados em segundos
Em poucos segundos, vilarejos inteiros foram reduzidos a escombros. Segundo estimativas oficiais, mais de 2 mil pessoas perderam a vida e outras 3.600 ficaram feridas. Entre 6 e 8 mil casas foram completamente destruídas, deixando milhares de famílias sem teto, água ou comida.
As cenas são de devastação: comunidades inteiras soterradas, sobreviventes cavando com as próprias mãos em busca de familiares, e enterros improvisados diante da falta de estrutura.
Colapso do sistema de saúde
Hospitais da região entraram em colapso. Em Asadabad, capital de Kunar, pacientes foram tratados até em corredores e áreas externas. A capacidade de resposta é limitada, já que o país enfrenta falta crônica de recursos médicos e cortes de financiamento internacional.
Operações de resgate
O governo lançou operações aéreas emergenciais, com mais de 150 voos de resgate e transporte de suprimentos. Tropas foram lançadas de helicópteros em áreas isoladas, mas os deslizamentos de terra e o difícil acesso às montanhas ainda impedem a chegada de ajuda em diversas localidades.
Por que o terremoto foi tão devastador?
O Afeganistão está localizado sobre a cadeia montanhosa do Hindu Kush, uma das regiões mais ativas do mundo em termos sísmicos. Ali ocorre o choque entre as placas tectônicas da Índia e da Eurásia, movimento responsável pela formação do Himalaia. Essa atividade constante gera tremores frequentes.
O que torna a situação ainda mais grave é a fragilidade das construções afegãs, muitas feitas de barro e pedra, incapazes de suportar a força dos abalos. Assim, mesmo um tremor de magnitude moderada pode provocar consequências catastróficas.
Crise humanitária e ajuda internacional
A ONU alertou que os estoques de alimentos podem se esgotar em poucas semanas, caso não haja apoio imediato. Hospitais estão superlotados, e milhares de famílias permanecem ao relento, sem acesso a água potável e saneamento.
Diversos países já anunciaram ajuda: Índia, Irã, Reino Unido, União Europeia, China, Suíça, Emirados Árabes e Turquia enviaram alimentos, tendas, suprimentos médicos e apoio financeiro. Organizações humanitárias como a Cruz Vermelha, Médicos Sem Fronteiras e Save the Children também atuam no local, apesar das enormes dificuldades logísticas.
Uma nação em luto
Este foi o pior terremoto a atingir o Afeganistão em anos. Além das milhares de vidas perdidas, a tragédia expõe a vulnerabilidade de um país já marcado por crises políticas, econômicas e sociais.
O Afeganistão agora chora seus mortos e clama por solidariedade internacional diante de uma catástrofe que ficará marcada como uma das maiores de sua história recente.
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