O Pantanal, reconhecido como a maior planície alagável do planeta, registrou em 2024 uma diminuição de 61% em sua superfície de água em relação à média histórica, conforme dados divulgados pelo MapBiomas. Essa redução coloca o bioma como o mais afetado entre os ecossistemas brasileiros no que tange à perda de recursos hídricos.

A análise aponta que, dos 17,9 milhões de hectares de território brasileiro cobertos por água em 2024, o Pantanal representou apenas 366 mil hectares, equivalendo a 2% do total nacional. Essa área é significativamente inferior aos 18,3 milhões de hectares registrados em 2023, indicando uma tendência de declínio que se acentua desde 2009.

Especialistas atribuem essa redução a fatores como mudanças climáticas e atividades humanas, incluindo desmatamento e uso inadequado da terra. A diminuição da superfície de água impacta não apenas a biodiversidade local, mas também as comunidades que dependem dos recursos hídricos para subsistência e atividades econômicas.

Diante desse cenário, pesquisadores enfatizam a urgência de implementar estratégias adaptativas de gestão hídrica e políticas públicas eficazes para reverter a tendência de seca no Pantanal e preservar este ecossistema vital para o equilíbrio ambiental do país.

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