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Como o conflito na Ucrânia está incendiando o planeta

Além da destruição visível, a guerra causa danos ambientais irreversíveis, com incêndios florestais, emissões recordes de CO2 e uma crise climática que se estende por décadas.

Meteorologista: Ana Flávia Monteiro

4 de março de 2025 às 13:57:35

Desde o início da invasão russa em 2022, a Ucrânia tem sido palco de uma destruição massiva não apenas em termos humanos e estruturais, mas também ambientais. De acordo com um estudo recente da Initiative on Greenhouse Gas Accounting of War, a guerra resultou na emissão de cerca de 230 milhões de toneladas de CO2 até 2024, o equivalente à poluição de vários países europeus combinados.

 

Apenas no último ano, as emissões aumentaram 30%, atingindo 55 milhões de toneladas de gases de efeito estufa; e esse aumento está diretamente ligado à expansão dos incêndios florestais, destruição de infraestruturas e deslocamento massivo de pessoas e equipamentos militares.

 

O fogo com arma: os incêndios florestais na Ucrânia

Entre os principais agentes da poluição causada pela guerra estão os incêndios florestais. Em 2024, a Ucrânia registrou 92,1 mil hectares de vegetação destruídos pelas chamas, mais que o dobro da média anual dos anos anteriores. O principal fator para essa explosão de incêndios é a combinação de ações militares, munições incendiárias e condições climáticas extremas, como secas prolongadas e aumento das temperaturas.

 

Esses focos de fogo foram responsáveis por cerca de 16,9 milhões de toneladas de CO2 emitidas só em 2024. Estudos indicam que a quantidade de incêndios na Ucrânia hoje é 25 vezes maior do que antes da guerra. A impossibilidade de mobilizar bombeiros em algumas áreas de conflito faz com que pequenos focos se transformem em mega incêndios de difícil controle.

 

O impacto dos combates e da reconstrução

Além dos incêndios, os combates e o uso constante de equipamentos militares são grandes emissores de gases de efeito estufa. Tanques, caças e explosivos exigem um consumo massivo de combustíveis fósseis, ampliando significativamente a pegada de carbono do conflito.

 

Por outro lado, a destruição e reconstrução de edifícios também são fontes expressivas de poluição. Hospitais, escolas e estradas foram reduzidos a escombros, e a reconstrução exige toneladas de concreto e aço, materiais altamente poluentes em sua produção.

 

Florestas devastadas: uma década para se recuperar

As florestas da Ucrânia, que antes atuavam como sumidouros de carbono, agora representam uma fonte de emissão. Segundo especialistas, uma floresta pode levar entre 40 e 60 anos para recuperar sua capacidade plena de absorver CO2 após um incêndio severo. Com o ritmo atual de destruição, os efeitos ambientais da guerra vão durar muito além do conflito.

 

Um alerta global

O impacto ambiental da guerra na Ucrânia levanta questões mais amplas sobre o papel dos conflitos armados na emergência climática global. Os gastos militares ao redor do mundo continuam a crescer, e com eles, as emissões de carbono ligadas às operações de defesa.

 

Diante desse cenário, especialistas alertam que é fundamental incluir os impactos ambientais das guerras nas discussões internacionais sobre mudanças climáticas. O planeta não apenas sente os efeitos diretos dos conflitos, mas também sofre com as consequências a longo prazo, muitas vezes negligenciadas.

 

A guerra não destrói apenas vidas e cidades. Ela deixa uma cicatriz profunda e duradoura no meio ambiente. O desafio é garantir que, ao reconstruir o futuro, também possamos preservar o planeta para as próximas gerações.

 

Veja o conteúdo em: https://www.instagram.com/p/DGyLR2chcNX/

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