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Fartura do Piauí sem água: a cidade que sobrevive entre a sede e a fome

Desde 2024 não chove em Fartura do Piauí. O reservatório secou, a produção agrícola colapsou e famílias precisam escolher entre comprar água ou comida. Um caminhão pipa custa R$ 1.200, valor impossível para quem vive de um salário-mínimo. A crise climática já é realidade no sertão

Redação C3 TV

25 de agosto de 2025 às 19:22:58

🌵 Seca em Fartura do Piauí: famílias entre a sede e a fome

A pequena cidade de Fartura do Piauí, localizada a cerca de 600 km de Teresina e com pouco mais de cinco mil habitantes, vive um dos piores períodos de estiagem de sua história recente. Desde 2024 não chove na região, e em 2025 a situação se tornou dramática: o reservatório que abastecia o município está completamente seco.

 

Água virou artigo de luxo

Sem a fonte principal de abastecimento, a população sobrevive hoje apenas graças ao abastecimento emergencial feito por 14 caminhões-pipa do Exército e cinco da Defesa Civil estadual. No entanto, esse número é insuficiente para atender toda a demanda.

O drama é ainda maior quando se olha para o preço da água. Um caminhão com 8 mil litros custa em média R$ 1.200, valor impossível para a maioria das famílias, que vivem com apenas um salário-mínimo. Muitas vezes, moradores precisam escolher entre comprar água para beber ou comprar comida para sobreviver.

 

Produção agrícola em colapso

A seca prolongada devastou as lavouras locais. Feijão, mandioca e milho, que eram parte fundamental da economia agrícola da região, simplesmente não resistiram à estiagem. Sem colheita, os agricultores perderam a renda e se viram obrigados a vender seus animais a preços muito baixos.

A secretária municipal de Agricultura, Rosileide Braga, relatou em entrevista que os produtores enfrentam uma realidade cruel: “Não temos feijão, mandioca, milho. Os produtores estão vendendo os animais a preços muito baixos para evitar que morram de sede ou fome. Hoje, sobrevivemos graças aos carros-pipa. Quem recebe um salário mínimo não consegue comprar água para viver; se comprar água, passa fome”.

 

Futuro incerto

A preocupação cresce com a proximidade do fim do contrato dos caminhões-pipa, marcado para 30 de agosto. O coordenador da Defesa Civil Municipal, Nonato Araújo, destacou que no ano passado foram enviados nove veículos, mas, em 2025 — mesmo com a crise ainda mais grave — o município recebeu apenas cinco.

“Se nada mudar, a cidade ficará completamente desabastecida em poucos dias”, alertou.

 

A crise climática no sertão

A realidade de Fartura do Piauí não é um caso isolado. A seca prolongada no Nordeste brasileiro está cada vez mais ligada aos efeitos da crise climática, que intensifica períodos de estiagem, reduz a disponibilidade de água e ameaça a segurança alimentar.

Sem políticas públicas eficazes e investimentos em soluções sustentáveis, milhares de famílias continuarão sofrendo com a falta de água potável e com a perda de sua produção agrícola.

 

Reflexão necessária

Mais do que números, essa é a história de famílias que enfrentam diariamente a escolha entre a sede e a fome. O que acontece em Fartura do Piauí é um alerta: o clima extremo já é realidade, e o futuro depende das decisões que tomamos hoje.

 

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