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O Janeiro mais quente já registrado no Planeta

O recorde foi quebrado novamente e estamos cada vez mais perto do ponto sem retorno.

6 de fevereiro de 2025 às 19:16:12

Janeiro de 2025 entrou para a história como o janeiro mais quente já registrado globalmente, consolidando uma tendência alarmante de aquecimento acelerado. De acordo com os dados do ERA5, a temperatura média global do ar na superfície atingiu 13,23°C, superando em 0,79°C a média do período de 1991-2020 e ultrapassando o recorde anterior, registrado em janeiro de 2024. Em comparação com os níveis pré-industriais (1850-1900), o desvio foi de impressionantes 1,75°C. Vale ressaltar que estamos sob a influência de La Niña, que tende a desacelerar - temporariamente - o aquecimento global, pois resfria a temperatura média do planeta ao intensificar a circulação atmosférica e favorecer o resfriamento das águas superficiais do Pacífico.

 

Esse foi o 18° mês consecutivo em que as temperaturas globais ficaram acima de 1,5°C em relação ao período pré-industrial. E, dentro dessa sequência preocupante, janeiro de 2025 foi o segundo mês com o maior desvio térmico registrado, ficando atrás apenas de dezembro de 2023 (1,78°C). O ritmo de aquecimento global segue acelerado, reforçando a necessidade urgente de ações concretas para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

 

Eventos extremos marcam o início do ano

Os reflexos dessas temperaturas recordes foram sentidos em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Estados como Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina enfrentaram ondas de calor sufocantes, com temperaturas acima dos 40°C em diversas cidades. Enquanto isso, no Sudeste e Centro-Oeste, incêndios florestais se intensificaram, agravando a destruição ambiental e ameaçando comunidades inteiras. O calor extremo também impactou a produção agrícola, aumentando o risco de perdas nas lavouras de soja e milho.

 

Ao mesmo tempo, regiões do Norte e Nordeste sofreram com chuvas intensas, resultando em inundações e deslizamentos de terra, principalmente em estados como Bahia, Maranhão e Pará. Esse contraste entre extremos climáticos reflete uma realidade cada vez mais frequente: o aumento das temperaturas está potencializando os extremos climáticos, colocando vidas e ecossistemas em risco.

 

Aquecimento global: um caminho sem volta?

O ano de 2024 já havia sido o mais quente da história, marcando o primeiro período em que a temperatura média global superou o limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Agora, com os primeiros registros de 2025, a perspectiva se torna ainda mais preocupante. Segundo projeções recentes, há uma alta probabilidade de que os próximos anos continuem a quebrar recordes, consolidando um padrão de aquecimento progressivo.

 

A taxa atual de aquecimento, estimada em mais de 0,2°C por década, aumenta a chance de violação permanente da meta de 1,5°C estabelecida pelo Acordo de Paris já na década de 2030. Se nenhuma medida significativa for tomada para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o planeta poderá atingir até 1,9°C de aquecimento nos próximos anos, ampliando drasticamente os impactos climáticos.

 

A hora de agir é agora!
Os dados não deixam dúvidas: estamos em um momento crítico para o futuro climático do planeta. O recorde de janeiro de 2025 reforça a urgência de ações voltadas à redução das emissões de carbono, transição energética e preservação ambiental. A adaptação às mudanças já em curso também deve ser prioridade, garantindo infraestrutura mais resiliente e políticas eficazes para proteger populações vulneráveis.

 

O tempo para reverter essa trajetória está se esgotando. As escolhas feitas hoje determinam o que enfrentaremos nas próximas décadas. O futuro do planeta depende do que fizermos agora.

 

Veja o conteúdo em: https://www.instagram.com/reel/DFvi_vAS9zp/

 

Escrito por: Ana Flávia Monteiro, meteorologista do C3TV.

 

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